Máscaras Que (Des)Cobrem O Eu
Esta postagem é um breve resumo; você pode acessar o Artigo completo clicando aqui
Realizei esse texto, com a vontade de apresentar aos colegas, uma vivência de Arteterapia em conjunto com a Psicoterapia, acreditando que com essa pequena vivência, os demais colegas se aprofundem e possam levar essa ferramenta para seus locais de trabalho.
Se temos desde os primórdios da civilização humana o conceito de nos expressarmos através da pintura, esculturas, fica bem claro e evidente que trazendo esses elementos lúdicos e ao mesmo tempo tão pessoais a psicoterapia, teremos um complemento ao entendimento do nosso cliente e que ele também consiga seguir o atendimento de uma forma mais palpável.
Utilizando da Arteterapia em nossos consultórios, teremos uma oportunidade de experimentar novas possibilidades de integração, expressão e transformação.
Margaret Naumburg, foi uma das pioneiras em Arteterapia, utilizando todos os estudos de psicoterapia. Trabalhou com seus clientes uma forma bem simples e tão profunda de entendimento.
Umas das suas técnicas mais famosa consistia em usar grandes folhas de papel e solicitado que o cliente escolhesse o material a ser usado, tintas, giz, lápis, e desenhar ao redor da página, até ficar satisfeito.
Depois que o desenho é criado, o cliente é então convidado a observar a obra de arte e tentar criar uma outra forma de rabisco.
O cliente é incentivado a mover a página até que uma imagem seja encontrada, uma vez que uma imagem é vista no desenho rabisco, ou pintura, ele ou ela é convidado a colorir dentro.
Neste ponto, se o cliente quer falar sobre a obra de arte enquanto criação, ele é encorajado a fazê-lo.
Com base nos estudos de Margaret, no processo de criação, podemos guiar nosso cliente conforme ele desenvolve a obra de arte, seja ela uma pintura sobre o trauma específico ou até mesmo sobre uma situação cotidiana.
Fazendo a projeção de seus conflitos internos, materializando esses sentimentos, podemos, em muitos casos, ter mais eficácia no tratamento, se a pessoa pode desenhar: sonhos, medos, conflitos, memórias; ela pode encontrar uma forma de expressão que não seja verbal.
Como terapeutas, temos o compromisso com o nosso cliente, razão pela qual devemos sempre ter em mente que os mesmo, são indivíduos únicos. Que temos conhecimentos, estudo para melhor observá-los e analisá-los, porém nenhum conhecimento em matéria, será efetivo, se não observar e analisar individualmente.
Levando em consideração, que o cliente é o centro de estudos/atendimento, um dos maiores instrumentos de trabalho, seria o próprio terapeuta, que no processo de criação e encontro do cliente, estaria em total transformação e aceitação do mesmo.
Tendo a ponderação de não só ouvir o cliente, mas também, durante a conversa e criação do desenho, observar se a história falada é a mesma história desenhada. Verificar a relação, e seu significado, de quem criou o desenho, e depois dessa mesma pessoa quando o observou concluído.
Após a vivência em Arteterapia, ficará claro que o arterapeuta, precisa de familiaridade com a linguagem da arte.
Que devemos ter o cuidado com as interpretações dos trabalhos de nossos clientes, pois essa análise, irá além de observar as formas, linhas e cores, mas será completada com o escutar o seu cliente e encontrar as mensagens que ele transmitiu nesse processo.
Cabe ao terapeuta, acompanhar o processo de criação, desde aquele silêncio para o início da entrega da atividade, até as suas mudanças de percursos, de escolha de cores e as simples linhas que podem contar tanto sobre o esse momento, que ele deseja retratar.
Fabiana Vieira https://orcid.org/0000-0002-3568-8664 Formada em Secretariado, chegando aos 20 anos de uma sólida carreira no mundo corporativo. Tendo coordenado mais de vinte eventos artísticos, entre exposições e vernissages para a Galeria HVF Artes, em diversos países, Fabiana Vieira soma uma sólida experiência a qual coloca à disposição dos demais artistas via Sociedade Das Artes, organização da qual é sócia. Na Terapia Holística, atua com Reiki, Fitoterapia, Psicoterapia, Aromaterapia e Sagrado Feminino, temas sobre os quais é articulista convidada da Revista da Terapia Holística, além de organizar congressos, palestras, cursos e workshops, inclusive o consagrado Holística, que é o congresso anual do CRT. |